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Dano moral: empregado coagido a pedir demissão

dano moral empregado coagido a pedir demissão

Nesse artigo quero falar com você sobre o dano moral no caso de empregado coagido a pedir demissão.

Talvez você já tenha passado por isso, ou conheça alguém que enfrentou essa situação. A verdade é que esse tipo de abuso é muito mais comum do que a gente imagina.

E, além de ser uma grande injustiça, coagir alguém a pedir demissão é completamente ilegal.

Por isso, meu objetivo aqui é te explicar tudo sobre o assunto de um jeito simples e direto: como funciona a indenização por dano moral, os valores médios, como você pode provar que foi coagido e quais são os seus direitos nessa situação.

Ah, e pra facilitar a sua leitura, eu coloquei um índice aqui embaixo. É só clicar no tema que mais te interessa e ir direto ao ponto.

O que é empregado coagido a pedir demissão?

Eu recebo muitos relatos de pessoas que foram coagidas a pedir demissão em algum momento da vida profissional. E, infelizmente, isso acontece com mais frequência do que deveria.

Na maioria das vezes, essa coação vem acompanhada de ameaças, como: “Se você não pedir demissão, vamos aplicar uma justa causa.”

Mas sabe qual é o problema? Nem sempre a justa causa realmente se aplicaria no caso.

Por exemplo, é muito comum que empregadores pressionem o trabalhador a pedir demissão por motivos como baixa produtividade, pequenas discussões ou até questões ainda mais banais.

Por medo, muita gente acaba acreditando que é melhor pedir demissão, achando que perderia todos os direitos se fosse demitido. Isso é um engano que pode custar caro para o trabalhador.

Esses dias, atendi um operador de telemarketing que pediu demissão porque o gerente falou que, se ele não batesse a meta, aplicaria justa causa por desídia (o famoso “desleixo”).

Um absurdo total! A desídia não tem nada a ver com não atingir metas, e usar essa ameaça é, sim, uma forma de coação.

Se você está passando por algo parecido, não tome nenhuma decisão no impulso.

A melhor coisa que você pode fazer é conversar com um advogado trabalhista. Ele vai te orientar e garantir que os seus direitos sejam respeitados.

Empregado coagido a pedir demissão tem direito a Dano moral?

Com certeza! O dano moral acontece quando a empresa abala profundamente o psicológico do empregado, e a coação para pedir demissão é um exemplo clássico disso.

Agora, imagine o impacto de conviver diariamente com o medo de levar uma justa causa e perder “todos” os seus direitos.

Pedir demissão nessas condições significa abrir mão de direitos importantes como FGTS, a multa de 40%, o seguro-desemprego e tantas outras verbas trabalhistas.

É um verdadeiro terror psicológico que ninguém merece passar.

E tem mais: a própria CLT deixa claro que é dever da empresa zelar pela saúde e pelo bem-estar dos seus colaboradores. Quando isso não acontece, o prejuízo não é só financeiro, mas também emocional.

Ameaças como essas podem causar problemas sérios, como ansiedade, depressão, síndrome do pânico e até outras doenças psicológicas.

Por isso, a Justiça do Trabalho não tolera esse tipo de comportamento. Quando há provas da coação, a empresa pode ser condenada a pagar indenização por danos morais.

Você não está sozinho, e a Justiça está do seu lado para proteger seus direitos.

Qual o valor da indenização por danos morais nesses casos?

O valor da condenação por danos morais depende de muitos fatores, entre eles podemos citar:

  • O poder aquisitivo da empresa;
  • Por quanto tempo durou essa coação;
  • Como ocorreu essa coação;
  • As consequências para o empregado.

Geralmente o valor dessas indenizações variam entre 3 mil a 10 mil reais, podendo ser um pouco menos ou um pouco maior.

Tudo vai depender do caso concreto e das provas que tiver em relação a coação.

Como provar que fui coagido a pedir demissão?

Se você quer buscar uma indenização por danos morais devido à coação, a prova é a peça-chave do seu processo trabalhista. Sem ela, fica muito difícil convencer a Justiça sobre o que aconteceu.

Mas calma, dá para reunir evidências com algumas estratégias:

  • Gravações de áudio ou vídeo: Sempre que estiver com quem faz as ameaças, deixe o celular gravando. Essas conversas geralmente acontecem mais de uma vez, então fique atento e registre tudo o que puder.
  • Testemunhas: Colegas de trabalho que viram ou ouviram as ameaças podem ser essenciais no processo.
  • Mensagens ou e-mails: Se a coação foi feita por escrito, guarde tudo! Prints de conversas, e-mails ou qualquer tipo de registro é uma prova valiosa.

Eu sei que essas provas nem sempre são fáceis de conseguir, mas elas são fundamentais para que você tenha sucesso no processo.

Se você está passando por isso, o mais importante é agir rápido.

Quais os direitos do empregado coagido a pedir demissão?

Além do dano moral, que já falamos antes, o empregado coagido a pedir demissão tem outros direitos importantes.

Se você já pediu demissão por conta da coação, pode entrar na Justiça do Trabalho para pedir a conversão em uma rescisão indireta do contrato de trabalho.

E o que isso significa?

Com a rescisão indireta, você passa a ter direito aos mesmos benefícios de uma demissão sem justa causa, como:

  • Aviso prévio;
  • Saldo de salário;
  • 13º salário proporcional;
  • Férias vencidas e proporcionais com 1/3;
  • Saque do FGTS;
  • Multa de 40% sobre o saldo do FGTS;
  • Seguro-desemprego (se estiver habilitado);
  • Demais direitos previstos na convenção coletiva da categoria.

Além disso, se a coação causou ou agravou problemas psicológicos, como depressão ou ansiedade, você pode ter direito a outras indenizações, como:

  • Danos materiais (gastos com tratamentos médicos, remédios, etc.);
  • 12 meses de estabilidade no emprego;
  • Pensão vitalícia, se houver incapacidade permanente para o trabalho.

Conclusão

Espero que este artigo tenha te ajudado a entender melhor os direitos de quem sofreu coação para pedir demissão.

Falamos sobre o direito à indenização por danos morais, a possibilidade de complementar as verbas rescisórias e, em casos mais graves, até de garantir uma pensão vitalícia.

Além disso, expliquei quais provas você pode reunir para fortalecer seu caso e a média dos valores que a Justiça costuma determinar como indenização.

O mais importante é saber que você não está sozinho. Essa prática é ilegal e um desrespeito ao trabalhador.

Por isso, não deixe de buscar um advogado trabalhista de confiança para lutar pelos seus direitos. Você merece justiça e reconhecimento.

Até a próxima, e lembre-se: seus direitos são importantes!

Advogado trabalhista em salvador

Imagem de yanalya no Freepik

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